13 de maio de 2008

Pontuação

DIz-me quanto vales, diz-me o que significas tu. Terás o charme de uma vírgula? Ou serás tu o mistério inscrito nas reticências? Estou aqui a pensar com os botões que não tenho, de que espécie poderás tu ser... Hmmm agora percebo que me fazem falta os tais botões. CUrva à direita no pensamento e sigo pela estrada das circunstâncias, analiso a situação e todas as envolventes, surge então a possibilidade de um entusiástico ponto de exclamação. O que é que me faz sentir? A energia do Verão do Sul, o cheiro do mato quente a pairar nas dunas, o entardecer numa morada qualquer amando a inércia característica dos dias quentes. Prossigo com o pensamento, desta vez sigo por um atalho. Sempre gostei de enveredar pelos caminhos curtos e acidentados. Levanto o olhar e vislumbro um beco sem saída, o meu ponto final? Firme e decidido? Cortando os caminhos dos "corta-caminhos"? Não sei, não sei. Começo a ficar sem opções, não possuo qualquer tipo de botões, esgota-se-me a pontuação e engasga-se-me a dicção... um suspiro em direcção ao céu... e um sorriso! De um pulo sigo em direcção às nuvens, um ponto de interrogação, um grande e magnífico ponto de interrogação, como é que não pensei nisso antes? Faltaram-me os botões, sobraram-me as lições, quem sabe?

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