26 de maio de 2008

Hoje choveu em mim... mas ontem não... hoje corri na chuva mas ontem ela parou para me ver caminhar. Será que ela sabe? O que se esconde atrás deste pensamento? Julguei-a cúmplice, ontem e hoje. Ontem por me permitir caminhar, hoje por me fazer correr. Julguei-a estranhamente sábia, ontem e hoje. Ontem por me provocar o aconchego, hoje por me recordar dele enquanto caía em mim. Sim, até a chuva sabe, quando deve parar e quando deve começar. Sim, até a chuva cede quando há magia no ar. Magia? Sim, aquela do pensar e do não saber, aquela do saber e não pensar. Sim, aquela que encontras por baixo da pedra que chutas, da flor que pisas, do ramo que arrancas. Sim, aquela que surge no meio da alegria da multidão envolta na tristeza mais profunda... que grita aos teus ouvidos mas tu simplesmente não a consegues escutar porque continuas a caminhar sem para nada olhar.

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