11 de novembro de 2013

Os franceses... têm o nariz seco

Hoje acordei com o meu nariz tão seco, tão seco que tenho a certeza que se lhe tocasse explodia. Não sei como é que eles aguentam esta "chauffagem" o Inverno inteiro!!! Estou aqui há 5 dias e de cada vez que acordo sinto que a "ranhoca" se aproxima perigosamente do cérebro, cada vez me custa mais pensar e quase juro que a culpa é da "ranhoca". Consequência da "chauffagem", hoje estou doente, dói-me a garganta, a cabeça, o corpo, MON DIEU DE LA FRANCE!!!!! Não posso ficar doente agora!!! Paizinho, fica descansado, já tomei um brufenezinho (sim, eu comi primeiro e tomei depois) e agora estou aqui enroladinha no quentinho com a dita "chaufagem" ligada.
Dia 11 de Novembro é feriado cá por França, dia do Armísticio, por isso a Momi não trabalhou e decidimos ir passear. Apanhamos o Metro, linha 8 e seguimos até aos Invalides, esta já é vossa conhecida, daí apanhamos a linha C do RER (comboio cá da zona) até Épinay-sur-Seine, onde a R., uma amiga da Momi, nos esperava para almoçarmos com ela.
Seguimos para casa dela, onde tivemos oportunidade de conhecer a Z., a mãe da Radija. A casa é fantástica, grande e com decoração marroquina ( a R. e a mãe são marroquinas). Gostei muito e gostei mais ainda da Z., a típica mãe do nosso imaginário infantil, baixinha, redondinha, simpatiquinha, afável (muito afável) e excelente cozinheira. Deviam ver aqueles sofás!!! Que LINDOS!!! Enquanto me babava para cima deles, explicaram-me que se eu quisesse era muito fácil encontrá-los em Paris, fico feliz, mas não sei se vou ter espaço para um sofá. De seguida perguntaram-me se eu gostava de couscous, uma vez que seria o almoço, "Madame" a Sóninha ADOOOOOOOOOORA couscous, muito, muito obrigada. Estava fantástico!
Após o almoço, seguimos para o Palácio de Versailles. À chegada a Momi explicou-me que aquilo é a explicação da nossa expressão "à grande e à francesa", tudo que vos possa dizer vai ficar aquém do que o Palácio é realmente, é de cortar a respiração e eu nem sequer entrei, visitei apenas os jardins. E os jardins... tenho a certeza absoluta que fui uma rainha noutra vida, senti-me em casa e de cada vez que fechava os olhos imaginava-me com um daqueles vestidos compridos a passear pelos jardins (sem o corpete... naturalmente). Os jardins são de contos de fadas, labirintos, lagos, árvores a perder de vista e estava um frio tão bom, enfim, eu acho que houve magia ali algures ou então eu levei-a até lá. Caminhamos durante duas horas e não vimos tudo, da próxima vez que lá voltar irei visitar o Palácio com toda a certeza. Finda a visita já só queria regressar a casa, a garganta doía-me cada vez mais e a cabeça também não estava a ajudar.
A viagem de volta custou muito, são pelo menos 30 minutos (sem contar com o metro) e doente não tem fim.
Agora estou aqui, a queixar-me de 5 em 5 minutos e a dizer que vou morrer (prática habitual da Sóninha quando está doente), que me dói muito a cabeça e a garganta e o corpo e "aiiiiiiiiiiiiii tou tão mal". Meninas mimadas são assim, obrigada Família. Ahhhh e se pensam que só faço isto quando estou acompanhada, desenganem-se, queixo-me até às paredes e fico à espera que acedam aos meus queixumes e me venham dar miminhos enquanto choramingo. Se ainda não repararam, eu sou tão queixinhas que usei estas últimas linhas para me queixar a vocês também, "aiiiiiiiii que eu tou tão mal".

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Sentem?

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