27 de outubro de 2007


O que fazer quando o vazio se torna tão grande que ameaça engolir-nos? O que fazer quando o conforto já não está no dia mas sim na noite escura e nos sonhos? Como poderás preencher esse enorme espaço que vai aumentando à medida que tentas combatê-lo? Será que podes parar? Será que ele te dá dois minutos? Um segundo para respirar? E depois? Existe tempo para pensar numa solução? E se não pensarmos? Se simplesmente abandonarmos a lógica e nos rendermos ao simples intuir e respirar? Se ao invés de tentarmos compreender a grande complexidade da vida, apenas abraçarmos a sua profunda, misteriosa e bela simplicidade? A folha da árvore, a gota que cai sobre ela, o ar frio que gela a pontinha do nariz, a música que nos leva para outras dimensões. A simplicidade é o mistério da complexidade. É a sua chave. A grande sabedoria está no fluír harmonioso de um rio que não precisa de GPR para chegar ao mar... assim deveríamos ser nós. Não questionar em demasia, apenas intuir, sentir, ouvir, cheirar, admirar, vislumbrar... assim se vive... tal como é, tal como se sente...

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